AUTISMO COMO JUSTIFICATIVA PARA COMPORTAMENTOS INDESEJÁVEIS
REFLEXÃO A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-3879.2025v25n01ID38120Palavras-chave:
transtorno do espectro autista, patologização, medicalização, normatização de comportamentosResumo
Com as recentes mudanças nos critérios diagnósticos com sua maior abrangência, houve uma maior possibilidade na identificação do autismo nos últimos anos. Isso pode se refletir também em uma nova forma de se justificar comportamentos e sentimentos considerados desviantes ou indesejados por meio deste transtorno de neurodesenvolvimento. Este estudo tem como objetivo investigar o fenômeno da patologização na atribuição do diagnóstico de autismo por parte de profissionais da saúde, da educação, das famílias e também da própria pessoa diagnosticada. A partir de um estudo de caso de um jovem de 18 anos atendido em um Caps IJ e de reflexões acerca da literatura científica, discutimos a possibilidade de alguns casos de investigação de TEA estarem relacionados à patologização de comportamentos normais. O diagnóstico de TEA, dessa forma, pode surgir como uma justificativa socialmente aceitável para comportamentos de outra ordem, como timidez, dificuldade de comunicação ou mesmo a homossexualidade, como no estudo de caso analisado.
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