Fluxo Informacional e Stakeholders Turísticos:
O caso do consórcio intermunicipal Quiriri em Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.21680/2357-8211.2025v13n2ID38405Palavras-chave:
Informação em turismo, Stakeholders, Consórcio público, CIQResumo
A relação entre informação e turismo é essencial para o desenvolvimento da atividade, tanto nas escolhas dos turistas quanto na tomada de decisões pelos stakeholders. Nesse cenário, os consórcios públicos intermunicipais destacam-se como uma forma associativa de unir esforços na solução de problemas comuns, podendo incluir o turismo como uma de suas áreas de atuação. Essas organizações integram stakeholders públicos, privados e do terceiro setor, promovendo políticas públicas participativas. A análise dos fluxos informacionais é indispensável, pois permite identificar lacunas nos processos e aprimorar a gestão. Este estudo teve como objetivo geral analisar o fluxo informacional entre os stakeholders da frente estratégica de Turismo do Consórcio Quiriri, localizado no norte de Santa Catarina, visando contribuir para a gestão turística regional. A pesquisa utilizou métodos bibliográficos, ex post facto e survey online. Identificou-se uma lacuna de estudos que conectem turismo, stakeholders, fluxos informacionais e consórcios públicos no Brasil. Apesar de o modelo de cooperação territorial por consórcios ser aplicado em diversas áreas, o turismo ainda é pouco explorado. O Consórcio Quiriri é uma organização estratégica para o desenvolvimento do território, oferecendo um ambiente para discussões e ações turísticas entre os stakeholders. Este trabalho estruturou o fluxo informacional do consórcio com base nos estudos de Medaglia (2017) e Davenport e Prusak (1998), destacando sua relevância para a gestão integrada do turismo.
Downloads
Referências
Amâncio-Vieira, S. F. (2010). Dinâmica de atuação dos stakeholders em atividades estratégicas: a experiência da Secretaria de Estado do Turismo do Paraná (Tese de doutorado, Universidade Nove de Julho, São Paulo).
Anjos, S. J. G. dos, Anjos, F. A. dos, & Silva Junior, O. F. P. da. (2008). A Informação como vantagem competitiva no processo logístico integrado nos serviços turísticos. Encontros Bibli: Revista eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da informação, 13(26), 41–56.
Bahl, M. (2004). Agrupamentos turísticos municipais. Curitiba: Protexto.
Barreto, A. de A. (2002). O tempo e o espaço da ciência da informação. Transinformação, 14(1), 17-24.
Beal, A. (2004). Gestão estratégica da informação: como transformar a informação e a tecnologia da informação em fatores de crescimento e de alto desempenho nas organizações. São Paulo: Atlas.
Beni, M. C. (2001). Análise estrutural do turismo (5a ed.). São Paulo: Senac.
Borges, A. G. (2006). Consórcios Públicos, nova sistemática e controle. Revista Eletrônica de Direito Administrativo Econômico, (6), maio/jun./jul.
Brasil, Ministério do Turismo. (2013). Programa de Regionalização do Turismo. Diretrizes. Brasília.
Cabo Nadal, M. (2002). Informacion turistica en destino. Madrid: Thomson.
Carvalho, F., & Pimentel, T. (2014). Fatores condicionantes do planejamento e da gestão em destinos turísticos: um quadro teórico de análise. In T. Pimentel, M. Emmendoerfer & E. Tomazzoni (Eds.), Gestão pública do Turismo no Brasil: teorias, metodologias e aplicações (pp. 151-189). Caxias do Sul: Educs.
CNM. Confederação Nacional de Municípios. (2016). Consórcios Públicos Intermunicipais: uma alternativa à gestão pública. Brasília: CNM.
Cooper, C., Hall, M., & Trigo, L. (2011). Turismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier.
Cortes, P. L. (2008). Administração de sistemas de informação. São Paulo: Saraiva.
Dalkir, K. (2005). Knowledge Management in Theory and Practice. Boston: Elsevier.
Davenport, T. H., & Prusak, L. (1998). Ecologia da informação: por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura.
Davenport, T. H., & Prusak, L. (2003). Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam seu capital intelectual (10a ed.). Rio de Janeiro: Campus.
Donaldson, T., & Preston, L. E. (1995). The Stakeholder Theory of the corporation: concepts, evidences, and implications. Academy of Management Review, 20(1), 65-91.
Durand, T. (2000). L’alchimie de la compétence. Revue Française de Géstion, (127), jan./fev.
Floriani, V. M. (2007). Análise do fluxo informacional como subsídio ao processo de tomada de decisões em um órgão municipal de turismo (Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis).
Franke, M., Thoben, K.-D., Deng, Q., Lejardi, E. S., & Rial, R. M. (2021). Development of a digital thread tool for extending the useful life of capital items in manufacturing companies - an example applied for the refurbishment protocol. IEEE 26th International Conference on Emerging Technologies and Factory Automation.
Freeman, R. E. (1984). Strategic management: a stakeholder approach. Massachusetts: Sage.
Greef, A. C., & Freitas, M. C. (2012). Fluxo enxuto de informação: um novo conceito. Perspectivas em Ciência da Informação, 17(1), 37-55.
Inomata, D., Araújo, W., & Varvakis, G. (2015). Fluxos de informação na perspectiva organizacional. Informação & Informação, 20(3), 203-228.
Kalaoum, F., & Trigo, L. G. G. (2021). Reflexões teóricas sobre Governança Pública e Governança Turística. Rosa dos Ventos – Turismo e Hospitalidade, 13(1), 71-89.
Mazaro, R. (2014). Diretrizes políticas para competitividade em turismo e estratégia brasileira. In T. Pimentel, M. Emmendoerfer & E. Tomazzoni (Eds.), Gestão pública do Turismo no Brasil: teorias, metodologias e aplicações (pp. 191-208). Caxias do Sul: Educs.
Medaglia, J. (2017). Os desafios do uso qualificado da informação em Turismo: o caso da pesquisa de demanda turística real de Diamantina/MG (Tese de doutorado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte).
Medaglia, J., & Silveira, C. E. (2018). Turismo, informação e sentido: reflexões acerca da aplicação da Teoria do Sense-Making no Turismo e da necessidade de ir além. Cenário: Revista Interdisciplinar em Turismo e Território 6(11), 17-34.
Nascimento, M. de J., & Silva, P. S. (2004). Informação: insumo básico para o desenvolvimento do setor de turismo em Santa Catarina. Perspectiva em Ciência da Informação, 9(1), 48-69.
Nie, K., & Tang, X. (2022). Study on ecological value co-creation of tourism enterprises in protected areas: scale development and test. Sustainability, 14, 10151.
O’Brien, J. A. (2006). Sistemas de informação: e as decisões gerenciais na era da internet. (2a ed.). São Paulo: Saraiva.
Obregón, C., Admiraal, R., Putten, I. van, Hughes, M., Tweedley, J., & Loneragan, N. (2020). Who you speak to matters: information sharing and the management of a small-scale fishery. Frontiers in Marine Science, 7, artigo 578014.
Pearce, D., Guala, C., Veloso, K., Llano, S., Negrete, J., Rovira, A., Gale, T., & Reis, A. (2016). Destination management in Chile: objectives, actions and actors. International Journal of Tourism Research, 19, 50-67.
Ramos, C. M. Q., Rodrigues, P. M. M., & Perna, F. (2008). Sistemas de informação para apoio ao Turismo, o caso dos Dynamic Packaging. Revista Ibérica de Sistemas e Tecnologias da Informação, (2), 25-35.
Reed, M. S., Graves, A., Dandy, N., Póstumo, H., Hubacek, K., Morris, J., Prell, C., Quinn, C., & Stringer, L. (2009). Who's in and why? A typology of stakeholder analysis methods for natural resource management. Journal of Environmental Management, 90(5), 1933-1949.
Ribeiro, W. (2007). Cooperação federativa e a lei dos consórcios públicos. Brasília: CNM.
Rodrigues, C., & Blattmann, U. (2011). Uso das fontes de informação para a geração de conhecimento organizacional. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, 1(2), 43-58.
Silva, L. da. (2023). Fluxo Informacional e Stakeholders Turísticos: o Caso do Consórcio Intermunicipal Quiriri em Santa Catarina. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Silva, M. E. M. (2016). A gestão do conhecimento como estratégia competitiva para a gestão do turismo: uma contribuição teórica. Turismo em Análise, 27(1).
Silveira, C. E., Medaglia, J., & Paixão, D. L. (2014). Política pública de turismo no Brasil: evolução estrutural, alterações da lógica partidária e tendências recentes de apoio ao turismo massificado. In T. Pimentel, M. Emmendoerfer & E. Tomazzoni (Eds.), Gestão pública do turismo no Brasil: teorias, metodologias e aplicações (pp. 65-90). Caxias do Sul: Educs.
Turban, E., Rainer, R. K., & Potter, R. E. (2005). Administração de Tecnologia da Informação: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier.
UNWTO. United Nations World Tourism Organization. (2007). A practical guide to tourism destination management. Madrid: World Tourism Organization.
Uriarte Junior, F. A. (2008). Introduction to knowledge management. Jakarta: ASEAN Foundation.
Veal, A. J. (2011). Metodologia de pesquisa em lazer e turismo. São Paulo: Aleph.
Vital, L. P., Floriani, V. M., & Varvakis, G. (2014). O fluxo de informação sob a ótica de gestores públicos em turismo. Informação & Informação, 19(3), 150-167.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista de Turismo Contemporâneo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a CC Attribution 4.0 International que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
