O ESPAÇO-TEMPO ENQUANTO CATEGORIA DE ANÁLISE NA FILOSOFIA BAKHTINIANA
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-3879.2023v23n2ID31981Keywords:
Cronotopia, Estética Material, Filosofia da linguagem, Literatura Comparada.Abstract
O presente artigo tem o objetivo de refletir sobre o impacto da filosofia do linguista e teórico russo Mikhail Bakhtin, em meados da década de 1920, acerca de movimentos discursivo-ideológicos sobre enunciados concretos, aplicados ao estudo da análise literária. Nesse caminho de compreensão acerca do tema, o espaço-tempo ou “cronotopo”, como cunhado pelo teórico, surge como importante categoria de análise, dentro do que o próprio chamará de “análise material da linguagem”. Assim sendo, deter-nos-emos, em um primeiro momento, às relações entre discurso e espaço-tempo mediante reflexões da filosofia da linguagem no século XX e, em um segundo, à importância destas discussões para se pensar em uma análise do objeto estético na qual o espaço-tempo, dentro e fora da obra, seja pensado de maneira correlacionada, através, também, de uma consideração dos elementos constituintes do objeto artístico: conteúdo, material e forma. Para nos auxiliar nessas discussões, além da produção de Mikhail Bakhtin (1997; 2014; 2018), importantes teóricos e pensadores da linguagem serão utilizados, entre eles Pavel Medviédev (2012), Ernst Cassirer (2001), Carlos Alberto Faraco (2007), G. Lofts (2016), entre outros.
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