HORIZONTE DIALÉTICO DA TEORIA CRÍTICA

DA SUA GÊNESE ÀS DIFERENTES VOZES QUE AMPLIFICAM SUA POTÊNCIA RUMA A UMA CIÊNCIA DECOLONIAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1984-3879.2023v23n1ID31191

Palavras-chave:

Horizonte dialético. Teoria crítica. Ciência decolonial.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo refletir teoricamente sobre os desenvolvimentos da teoria crítica a partir da perspectiva frankfurtiana, cujos desdobramentos alcançam, hodiernamente, a ecologia dos saberes e a pedagogia decolonial. Pretende-se fazer a diferenciação entre teoria tradicional e teoria crítica, em suas marcas mais comuns, delimitando o horizonte da gênese até seus prolongamentos, a partir da abordagem sobre o fazer científico e de como a ciência sofre as interveniências dos interesses de classe, a partir da definição de seu método e atitudes de seus pesquisadores. Por ser uma análise teórica, busca-se apresentar a influência da teoria crítica em alguns autores vinculados ao movimento decolonial, que seguem questionando a posição de uma ciência pretensamente hegemônica e exigem novas atitudes e ações articuladas com a ciência comprometida com o processo de decolonização do pensamento e dos corpos. O trabalho se apoia na pesquisa bibliográfica de autores como Horkheimer (1990), Adorno e Horkheimer (1985), Santos (2018), Walsh (2013) e Fleck (2013), demonstrando o lastro do pensamento crítico que, partindo da tradição frankfurtiana, ganha novos contornos com base emancipatória a partir da inserção dos debates decoloniais, que, no limite, visam construir condições de possibilidades de uma nova postura frente a ciência e aos grupos historicamente silenciados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cleidson de Jesus Rocha, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira (SP); Especialista em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Acre; Especialista em Filosofia Contemporânea pela PUC-MG; Mestre em Educação pela UFRJ; Doutor em Filosofia pela UGF-RJ. Professor Adjunto do Centro de Educação e Letras - Campus da Floresta - Universidade Federal do Acre.

Referências

ADORNO, Theodor e HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 1985.

ADORNO, Theodor. Dialética Negativa. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2009.

ADORNO, Theodor. Palavras e sinais: modelos críticos 2. Petrópolis-RJ: Vozes, 1995.

AGAMBEN, Georgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó-SC, Ed. Argos, 2012.

BENJAMIN, W. Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo. Brasiliense, 1987.

FLECK, Amaro. Afinal de contas, o que é a teoria crítica? Princípios: Revista de Filosofia. Natal, v. 24, nº 44, Maio-Agosto 2017.

HORKHEIMER, Max. Teoria crítica I. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1990.

SANTOS, Boaventura de Souza. Construindo as Epistemologias do Sul: antologia essencial. Volume I: Para um pensamento alternativo de alternativas. 1ª ed., Ciudad Autónoma de Buenos Aires. CLACSO, 2018.

SANTOS, Boaventura de Souza. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Revista crítica de ciências sociais, 63, Outubro de 2002.

SANTOS, Boaventura de Souza. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2002.

WALSH, Catherine. Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Ed. Abya Yala. Quito, 2013.

Downloads

Publicado

13-07-2023

Como Citar

ROCHA, C. de J.; CORDEIRO BATISTA, A.; CARIOCA DE ALBUQUERQUE OLIVEIRA, G. HORIZONTE DIALÉTICO DA TEORIA CRÍTICA: DA SUA GÊNESE ÀS DIFERENTES VOZES QUE AMPLIFICAM SUA POTÊNCIA RUMA A UMA CIÊNCIA DECOLONIAL. Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação, [S. l.], v. 23, n. 1, p. 39–57, 2023. DOI: 10.21680/1984-3879.2023v23n1ID31191. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/31191. Acesso em: 21 nov. 2024.