“DE QUAL COR ERAM OS OLHOS DA MINHA MÃE?”

A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM INTIMIDADE COM O MUNDO

Autores

Palavras-chave:

epistemologia, filosofia afro-diaspórica, generificação, linguagem

Resumo

O presente artigo problematiza a questão da separabilidade entre sujeito e objeto de conhecimento a partir da relação íntima que as pessoas manifestam acerca nas próprias investigações. Para isso, utilizamos como guia a pergunta “de qual cor eram os olhos da minha mãe?” no conto de Conceição Evaristo (2018) Olhos d’Água, articulando com as reflexões de Oyěwùmí (2016) sobre a generificação da linguagem e a manutenção colonial de uma organização social. Nesse sentido, propomos que toda a construção da linguagem fornece ao leitor uma noção de ancestralidade com o retorno às lembranças, e a figura mãe simbolizada como fundamento da busca sobre a natureza do conhecimento.

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Biografia do Autor

Luis Thiago Freire Dantas, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Doutorando em Filosofia pela UFPR. Mestre em Filosofia pela UFPR. Especialista em Educação das Relações Étnico-Raciais pelo NEAB-UFPR. Licenciado em Filosofia pela UFS.

Alice Ferraz, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Graduanda em Pedagogia. Pesquisadora de Iniciação Científica da UERJ

Ellen Miranda de Oliveira, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Graduanda em Letras/Literatura na UERJ. Pesquisadora de Iniciação Cien´tífica da UERJ.

Referências

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Publicado

18-10-2024

Como Citar

DANTAS, L. T. F.; FERRAZ, A.; DE OLIVEIRA, E. M. “DE QUAL COR ERAM OS OLHOS DA MINHA MÃE?”: A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM INTIMIDADE COM O MUNDO. Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação, [S. l.], v. 24, n. 2, p. FIA10, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/32773. Acesso em: 19 out. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Filosofias Africanas: Vozes plurais e contracoloniais