DA LIBERDADE INDIVIDUAL À LIBERDADE COMO AÇÃO POLÍTICA
UM DIÁLOGO ENTRE FOUCAULT E HANNAH ARENDT PARA PENSAR A EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-3879.2024v24n1ID35613Palavras-chave:
liberdade, Hannah Arend, Foucault, educação contemporaneaResumo
Ao longo do tempo, a expressão 'liberdade' é recuperada como uma poderosa ferramenta retórica para justificar comportamentos que desvalorizam a prática da coletividade. A título de ilustração, observa-se o surgimento de indivíduos que ocupam o cenário político institucional e, ao se autodenominarem como defensores da liberdade, manifestam opiniões com o potencial de serem ofensivas para segmentos da sociedade, geralmente minorias. A análise desse cenário, portanto, requer uma abordagem cuidadosa do conceito de liberdade que possibilite a expansão do horizonte de interpretações para se compreender o processo histórico que enriqueceu o conceito de liberdade com diversos significados e simbolismos. Nesse sentido, o artigo pretende examinar ideias e concepções de liberdade de dois autores que examinam esse constructo à luz do pensamento filosófico. Como contribuição ao debate público, busca-se realizar uma síntese que dialogue com as análises realizadas e o contexto escolar contemporâneo. Para atender a esse objetivo, realizou-se uma breve revisão bibliográfica acerca do pensamento de Michael Foucault e Hanna Arendt e uma análise qualitativa dessa bibliografia. Logo, a nossa reflexão, sobre o complexo e controverso conceito de "liberdade de expressão", busca indicar que, inicialmente, devemos abordar a liberdade como um termo polissêmico, carregado de sacralidade e permeado por paixões ideológicas. Nossa reflexão também é um convite sobre o papel da escola na promoção de aprendizados e condutas libertárias, destacando princípios educacionais que reafirmem a importância da convivência em detrimento da autonomia muitas vezes aclamada, mas por vezes desconsiderada.
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Referências
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