ENSINO DE BOAS PRÁTICAS DE ESCRITA DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS NA GRADUAÇÃO EM MEDICINA
UMA PROPOSTA METODOLÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-3879.2024v24n2ID36738Palavras-chave:
educação médica, segurança do paciente, qualidade dos cuidados de saúde, prescrição de medicamentos, atenção primária à saúdeResumo
PROBLEMA: Prescrição é a etapa de maior prevalência de falhas evitáveis no processo de medicação, o que suscita a necessidade de ensino de boas práticas de escrita da prescrição de medicamentos. MÉTODO: Estudo descritivo da construção e aplicação de um método de ensino-aprendizagem de boas práticas de escrita da prescrição de medicamentos para estudantes de graduação em Medicina. O método, intitulado “Ensino de Boas Práticas de Escrita da Prescrição de Medicamentos”, consiste em 8 etapas. Foi desenvolvido por docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil. Tem como premissa os pressupostos da aprendizagem significativa, da aprendizagem baseada em pares e o instrumento QualiPresc, um instrumento validado para avaliar a qualidade da escrita da prescrição de medicamentos na atenção primária. RESULTADOS: Após o desenvolvimento, foi aplicado, na forma de piloto. As percepções preliminares sobre sua implementação apontam para um método de ensino-aprendizagem com potencial para sua implementação e disseminação em cursos de Medicina no Brasil, para a melhoria da qualidade e segurança do processo de medicação. CONCLUSÕES: Em virtude de seu caráter de “piloto”, mais estudos precisam ser desenvolvidos no sentido de aferir a efetividade do método em detrimento de outras estratégias de ensino e aprendizagem utilizadas para a mesma finalidade.
Downloads
Referências
BATES, D. W. Incidence of adverse drug events and potential adverse drug events. JAMA, v. 274, n. 1, p. 29-34, 1995. DOI: 10.1001/jama.1995.03530010043033.
BATISTA, A. M.; COSTA, R. R. O. Ensino de boas práticas da escrita da prescrição de medicamentos: manual de aplicação da metodologia de ensino-aprendizagem. Caicó: [s. n.], 2024. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58433.
BATISTA, A. M.; GAMA, Z. A. S.; SOUZA, D. Validation of the QualiPresc instrument for assessing the quality of drug prescription writing in primary health care. PLoS One, v. 17, n. 5, e0267707, 2022. DOI: 10.1371/journal.pone.0267707.
BRASIL. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013a. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html>. Acesso em: 05 jun. 2023.
BRASIL. Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. 2013b. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/protocolo-de-seguranca-na-prescricao-uso-e-administracao-de-medicamentos/view. Acesso em: 24 jun. 2024.
BRASIL. Resolução nº 3, de 20 de junho de 2014. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Medicina e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília, DF, Seção 1, p. 8-11, 23 jun. 2014;
CAMARGO, M. S.; MISTRO, S. Patient misadventures caused by prescribing erros detected at a Brazilian community pharmacy. J Assist Farmac Farmacoecon, v. 3, n. 4, p. 29-35, 2018. DOI:10.22563/2525-7323.2018.v3.n4.p.29-35.
EMCM/UFRN - Escola Multicampi de Ciências Médicas/Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Projeto pedagógico do curso superior de bacharelado em Medicina na modalidade presencial. 2023.
FUCHS, F. D., WANMACHER, L. (Org.). Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
JHA, A. K. et al. The global burden of unsafe medical care: analytic modelling of observational studies. BMJ Qual Saf, v. 22, p. 809–815, 2013. DOI: 10.1136/bmjqs-2012-001748.
MONTSERRAT-CAPELLA, D. et al. Frequency of ambulatory care adverse events in Latin American countries: the AMBEAS/PAHO cohort study. Int J Qual Health Care, v. 27, n. 1, p. 52-59, 2015. DOI: 10.1093/intqhc/mzu100.
MOREIRA, M. A.; MASINI, E. A. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de Dm'ill Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982. 112 p.
NADZAN, D. M. A system approach to medication use. In: Cousins DM. Medication use: a system approach to reducing errors. Oakbrook Terrace: Joint Commission, 1998.
NCCMERP - Conselho Nacional de Coordenação para Notificação e Prevenção de Erros de Medicamentos. Disponível em: https://www.nccmerp.org/about-medication-errors. Acesso em: 03 jun. 2020.
ODUKOYA, O. K.; STONE, J. A.; CHUI, M. A. How do community pharmacies recover from e prescription errors? Res Social Adm Pharm, v. 10, n. 6, p. 837-852, 2014. DOI:
1016/j.sapharm.2013.11.009.
OECD - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. The economics of patient safety in primary and ambulatory care: flying blind. 2018.
OLANIYAN, J. O. et al. Safety of medication use in primary care. Int J Pharm Pract, v. 23, n. 1, p. 3-20, 2015. DOI: 10.1111 /ijpp.12120.
SARKAR, U. Tip of the iceberg: patient safety incidents in primary care. BMJ Qual Saf, v. 25, p. 477–479, 2016. DOI:10.1136/bmjqs-2015-005006.
THE JOINT COMMISSION. Facts about Official Do-Not-Use List. Disponível em: http://www.jointcommission.org/assets/1/18/Do_Not_Use_List.pdf. Acesso em: 18 de abril de 2021.
TOPPING, K. J. The effectiveness of peer tutoring in future and higher education: a typology and review of the literature. High Educ, v. 32, n. 3, p. 321–345, 1996.
WHO - World Health Organization. Global Patient Safety Action Plan 2021–2030: towards eliminating avoidable harm in health care. Geneva: WHO, 2021.
WHO - World Health Organization. Medication Without Harm: global patient safety challenge on medication safety. Geneva: WHO, 2017a.
WHO - World Health Organization. WHO launches global effort to halve medication-related errors in 5 years. Geneva: WHO; 2017b.
Downloads
Publicado
Versões
- 06-11-2024 (2)
- 04-11-2024 (1)
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Almária Mariz Batista, Zenewton André da Silva Gama, Dyego Leandro Bezerra de Souza, Raphael Raniere de Oliveira Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação inicial nesta revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Foram feitos todos os esforços para identificar e creditar os detentores de direitos sobre as imagens publicadas. Se tem direitos sobre alguma destas imagens e não foi corretamente identificado, por favor, entre em contato com a revista Saberes e publicaremos a correção num dos próximos números.
English
Español (España)
Português (Brasil)
