Leituras higienizadas
análise dos manuais adotados nas Escolas de Aprendizes Artífices (1909-1937)
DOI :
https://doi.org/10.21680/2596-0113.2018v1n0ID16374Mots-clés :
Manuais escolares, Escolas de Aprendizes Artífices, Serviço de remodelação do ensino profissional, Higienização das leiturasRésumé
Analisa o papel dos manuais na formação dos alunos das Escolas de Aprendizes Artífices a partir da década de 1920, no âmbito do Serviço de Remodelação do Ensino profissional. Parte da leitura de alguns dessas manuais, observando os métodos adotados por eles e os valores que se desejava incutir nos aprendizes. Para tanto, toma como ponto de partida a concepção de que tais obras se vinculam a um processo de higienização das leituras, como afirmam José G. Gondra e Heloisa H. P. Rocha. Em conclusão, observamos que se, por um lado, a adoção de manuais escolares liga-se a um esforço de modernização das Escolas de Aprendizes, por outro, vincula-se a uma tentativa dos dirigentes republicanos de disciplinar os jovens aprendizes.
Téléchargements
Références
Afonso, J. A.. (1999). O Manual de Formação Técnica e Profissional. O caso da Escola Prática Comercial. In Rui Vieira de Castro et al (orgs.). Manuais Escolares. Estatuto, Funções, História. Actas do I Encontro Internacional Sobre Manuais Escolares (pp. 59-70). Braga: Centro de Estudos em Educação e Psicologia/Instituto de Educação e Psicologia - Universidade do Minho.
“Alguns livros”. O Paiz, Rio de Janeiro, 12 jun. 1923, p. 3.
Azevedo, F. de, Doria, A. P., Lourenço Filho, M. B., Pessoa, J. G., Silveira, N. M., Venancio Filho, F., ... Vivacqua, A. (2006). O Manifesto dos pioneiros da Educação Nova (1932). In Revista HISTEDBR, n. especial, 188-204.
Barbosa, R. (1947). Obras completas de Rui Barbosa, 10 (tomo III) – Reforma do Ensino primário e várias instituições complementares da Instrução pública (2ª ed.; 1ª ed. 1883). Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde.
Braga, H. (1926). Ao leitor. In Trabalhos manuaes – cartonagem (traduzido do alemão). [S.l.; s.n.].
Caetano, M. C.; Oliveira, M. A. M. (2006). Ensino religioso: sua trajetória na educação brasileira. In Anais do IV CBHE, 1, 1-10.
Calkins, N. A (1950). Primeiras lições de coisas: manual de ensino elementar para uso dos paes e professores (1ª ed. 1886). Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde.
Castro, A. (1926). Instrução moral e cívica (5ª ed.). Rio de Janeiro: Editora Leite Ribeiro.
Cunha, L. A. (2005). O ensino de ofícios nos primórdios da industrialização (2ª ed.). São Paulo: Ed. Unesp; Brasília: Flacso.
Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909 (1909). Disponível em: portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/decreto_7566_1909.pdf
Escola de Aprendizes Artífices (1937). Livro de material de consumo e de transformação, 1937, Natal.
Fonseca, C. S. da (1986). História do ensino industrial no Brasil, 1 (2ª ed.; 1ª ed.1962). Rio de Janeiro: Senai.
Gondra, J. G.; Rocha, H. H. P. (2002). A Escola e a produção de sujeitos higienizados. In Revista Perspectiva. Florianópolis, 20 (2), 493-512.
Guimarães, A. S. A. (2004). Preconceito de cor e racismo no Brasil. In Revista de Antropologia, São Paulo, 47 (1), 9-44.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2007). Séries históricas e estatísticas. Disponível em: http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.
Lacroix, M. Introdução. (1938). In Spirago, F. Catecismo escolar e popular. São Paulo: publicações S.C.J.
Lima, J. G. P. (s.d.). Relatório apresentado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brazil pelo Ministro de Estado dos Negocios da Agricultura, Industria e Commercio, no anno de 1918. Disponível em: http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/u2010/.
Lopes, I. S. (1921). Relatório apresentado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brazil pelo Ministro de Estado dos Negocios da Agricultura, Industria e Commercio, no anno de 1920. Disponível em: http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/u2017/.
Peçanha, N. (1913). Impressões da Europa (4ª ed.). Rio de Janeiro: Livraria Garnier.
Pin e Almeida, M. C. du (1925). Relatorio do Ministério da Agricultura, Industria e Commercio, apresentado ao presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, anno de 1922. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional.
Pombo, J. F. da R. (1917). Nossa Patria: narração dos factos da Historia do Brazil, atraves da sua evolução com muitas gravuras explicativas. São Paulo/Rio de Janeiro: Weiszflog irmãos.
Pombo, J. F. da R. (1967). Pequena História do Brasil: nossa pátria (85ª ed. rev.) São Paulo: Melhoramentos.
Regulamento a que se refere o decreto nº 13.064 (1918). Disponível em: http://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1910-1919/decreto-13064.
Ribeiro, L. C. de Q. (1996). Transferências, empréstimos e traduções na formação do urbanismo no Brasil. In Ribeiro, L. C. de Q., Pechman, R. (Org.). Cidade, povo e nação: gênese do urbanismo moderno. Rio de Janeiro: Civilização brasileira.
Tavares, M. R. (2013). Trajetórias cruzadas: Rocha Pombo e o seu “paraná no centenário” em oitenta anos de história. Monografia de conclusão de curso, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil.
Santos, R. M. B. (2018). Cidadania e ordem social: a educação profissional e o mundo do trabalho no Rio Grande do Norte (1909-1937). Tese de doutoramento, Universidade do Minho, Braga, Portugal.
Valdemarin, V. T. (2000). Lições de Coisas: concepção científica e projeto modernizador para a sociedade. In Cadernos do CEDES (Unicamp), 52, 74-87.
Veiga, M. da V. (1924). Pequena História do Brasil. Rio de Janeiro: J. R. dos Santos.
Vieira, M. E. de Q. (1914). Relatório apresentado ao presidente da República dos Estados Unidos do Brazil pelo Dr.Manoel Edwiges de Queiroz Vieira, Ministro de Estado da Agricultura, Industria e Commercio, no anno de 1914. Disponível em: http://brazil.crl.edu/bsd/bsd/u2006/.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons — Attribution 4.0 International — CC BY 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.