Ensino Profissional na nova capital mineira (1909-1927)

marcadores republicanos de secularização e Estado laico

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.21680/2596-0113.2019v2n0ID17351

Mots-clés :

Secularização, Ensino Profissional, Estado Laico

Résumé

A pesquisa teve como objetivo compreender a possível relação entre secularização, Estado e Ensino Profissional. No procedimento metodológico, procurou articular dialeticamente as dimensões local, estadual e nacional a respeito do ensino profissional. As fontes incluíram jornais, legislação educacional e mensagens de governadores. A análise e resultados sinalizam que a religiosização da vida terrena engendrou táticas eficazes para se contrapor à estratégia do poder terreno que se pensava laico. O Estado estabeleceu um decreto que propôs mudar a roda da fortuna e, mesmo mudar o destino dos desgraçados na terra. Está em processo a secularização, uma referência cultural para compreender a educação, pobreza, marginalidade e trabalho a partir do mundo do trabalho.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Betânia de Oliveira Laterza Ribeiro, Universidade Federal de Uberlândia

Professora do Instituto de Ciências Humanas do Pontal, Universidade Federal de Uberlândia, Ituiutaba, Brasil.

José Carlos Souza Araujo, Universidade Federal de Uberlândia

Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade de Uberaba, Uberaba, e da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Brasil.

Carlos Eduardo Bao, Universidade Federal de Santa Catarina

Departamento de Sociologia e Ciência Política, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil.

Références

Brasil. Decreto nº. 7.566 de 23 de setembro de 1909. Cria nas Capitais dos Estados da República Escolas de Aprendizes Artífices para o ensino profissional primário e gratuito. Coleções de Leis do Brasil. Imprensa Nacional: Rio de Janeiro, 31 dez. 1909. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1900-1909/decreto-7566-23-setembro-1909-525411-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 10 mar. 2017.

Brasil. Constituição (1824) Constituição Política do Império do Brazil. Rio de Janeiro, 1824. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm. Acesso em: 10 mar. 2017.

Brasil. Constituição (1891) Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, 1891. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm. Acesso em: 10 mar. 2017.

Brasil. Constituição (1934) Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, 1934. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm. Acesso em: 17 mar. 2017.

Condorcet, Jean-Antoine-Nicolas de Caritat, Marquês de. (2008). Cinco memórias sobre a instrução pública. Tradução e apresentação Maria das Graças de Souza. São Paulo: UNESP.

Cunha, Luiz Antônio. (2017). A educação brasileira na primeira onda laica: do Império à República. Rio de Janeiro: Edição do Autor.

Cury, Carlos Roberto Jamil. (2009). A desoficialização do ensino no brasil: A Reforma Rivadávia. Educ. Soc., Campinas, vol. 30, n. 108, p. 717-738.

Fonseca, Celso Suckow da. (1982). História do ensino industrial no Brasil. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Aprendizagem Indústria/Departamento Nacional. Divisão de Pesquisas, Estudos e Avaliação.

Gomes, Warley Alves; Chamon, Carla Simone. (2010). Entre o trabalho, a escola e o lar: o caso da Escola Profissional Feminina de Belo Horizonte. In: II Seminário Nacional de Educação Tecnológica, 2010, Belo Horizonte. Anais do II SENEPT. Belo Horizonte: CEFET-MG, 2010. v. 1. p. 1-10.

Goncalves, Irlen Antônio; Chamon, Carla Simone. (2012). O congresso mineiro e a educação profissional em Minas Gerais: o ensino técnico primário. Educ. rev.. 2012, v. 28, n. 2, p. 153-174.

Goncalves, Irlen Antônio; Chamon, Carla Simone. (2007). As políticas públicas para a educação profissional em Minas Gerais: o ensino técnico primário na virada do século XIX para o século XX. In: VIII Congresso Iberoamericano de História de la Educación Latinoamericana: Contactos, cruces y luchas en la história de la eucacion latinoamericana.

Gonçalves, Irlen Antônio. (2011). Em nome da lei: o Congresso Legislativo como lugar de produção da “instrução que é destinada a fazer do menino um cidadão”. Educ. foco, Juiz de Fora, v. 15, n. 2, p. 153-173, set 2010/fev 2011.

Gonçalves, Irlen Antônio. (2008). Maneiras diferenciadas de produção da escola primária: estratégias e táticas na constituição da cultura escolar e Minas Gerais. In: VAGO, Tarcísio Mauro; OLIVEIRAS, Bernardo Jeferson de. (Org.). Histórias de Práticas Educativas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008, p. 193-214.

Marramao, Giacomo. (1997). Céu e Terra: genealogia da secularização. São Paulo: Fundação Editora da UNESP.

Mignolo, Walter, D. (2003). Histórias locais/Projetos globais. Colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: UFMG.

Mourão, Paulo K. Corrêa. (1962). O ensino em Minas Gerais no tempo da República (1889-1930). Belo Horizonte: Edição do Central Regional de Pesquisas Educacionais de Minas Gerais.

Peçanha, Nilo. (2010). Mensagem apresentada ao Congresso Nacional em 3 de maio de 1910. Rio de Janeiro: República dos Estados Unidos do Brazil.

Pena-Ruiz, Henri. (2005). Histoire de la laïcité: Genèse d´un ideal. França: Gallimard.

Pochmann, Marcio. (2016). Brasil sem industrialização: a herança renunciada. Ponta Grossa: Ed. UEPG.

Poulat, Émile. (2012). Nuestra laicidade pública. México: FCE.

Santos, Jailson Alves dos. (2000). A trajetória da Educação profissional. In: 500 anos de Educação no Brasil. BH: Autêntica, 2000, p. 205-224.

Schueler, Alessandra F. Martinez. (1999). Crianças e escolas na passagem do Império para a República. Revista Brasileira de História, v. 19, n. 37, São Paulo, setembro.

Soares, M. J. A. (1995). Uma Nova Ética do Trabalho nos Anos Vinte - Projeto Fidélis Reis. Brasília: Série Documental MEC/ INEP Relatos de Pesquisa nº 33 Julho 1995, 1995 (Relatório).

Valentim, Oséias Faustino. (2010). O Brasil e o Positivismo. Rio de Janeiro: Publit.

Voltaire. (2015). Tratado sobre a tolerância. São Paulo, Folha de São Paulo.

Xavier, Itamaragiba Chaves.; Tambara, Elomar. *2012). Condorcet e a escola pública, laica, gratuita e universal. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA REGIÃO SUL - ANPED SUL, IX., 2012, Caxias do Sul. UPPLAY, 2012. v. 1. p. 1-16. Disponível em: . Acesso em: 5 fev. 2017.

Watzlawick, P.; Weakland, J. H.; FISH, R. (1975). Changement. Paradoxe et psychothérapie. Le Seuil, Paris.

Capa da Revista em tons de azul e branco e letras pretas. No lado direito há uma imagem de dois mapas da América Latina, um virado para cima e outro para baixo, formando a imagem de uma ampulheta.

Téléchargements

Publié-e

11-04-2019

Comment citer

Ribeiro, B. de O. L., Silva, E. F. da, Araujo, J. C. S., & Bao, C. E. (2019). Ensino Profissional na nova capital mineira (1909-1927): marcadores republicanos de secularização e Estado laico. History of Education in Latin America - HistELA, 2, e17351. https://doi.org/10.21680/2596-0113.2019v2n0ID17351

Numéro

Vol. 2 (2019)

Rubrique

Artigos

Licence

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons — Attribution 4.0 International — CC BY 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.